domingo, 2 de agosto de 2015

Dois anos depois: O efeito The Last of Us




[SPOILERS consideráveis sobre The Last of Us habitam os próximos parágrafos. Caso você não tenha jogado o game, conserte imediatamente este tropeço na sua vida e volte para ler depois de terminado o jogo.]

Se há algo que começou a ficar bem claro a partir da última década é que os videogames anseiam por contar histórias. Os games não mais se tratam de puras mecânicas ensinadas aos jogadores no objetivo deste um dia dominá-las. Histórias cada vez mais profundas e interessantes começaram a dar rumo às aventuras, sem no processo, tirar aquilo que está na essência dos videogames – a interatividade.

Apesar disso, desde esta inserção narrativa em nossa indústria, foi ficando cada vez mais claro que conciliar uma história com a natureza intrínseca de se jogar é algo surpreendentemente difícil de se alcançar.

Há aqueles jogos que sacrificam suas mecânicas de jogo para contar uma boa história. No outro espectro, existem aqueles que, em prol de apresentar mecânicas mais arranjadas de jogabilidade, pecam em contar histórias que simplesmente não valem a atenção de quem acompanha.

Há ainda aqueles games que excedem em ambas as partes, e conseguem ao mesmo tempo contar excelentes histórias e apresentar ótimas mecânicas de jogo. Infelizmente, estes dois componentes estão sempre distanciados na concepção do design do game – criando aquela que é chamada de dissonância ludo-narrativa, onde há um desconexo evidente entre o jogo e a narrativa.



Foi então que em 2013 fui pego de surpresa pela mais nova obra da Naughty Dog, conhecida pela aclamada série de ação Uncharted.

The Last of Us, ao contrário das aventuras explosivas de Nathan Drake, direcionava o estúdio a um trabalho mais minimalista, mais íntimo e particular no âmbito narrativo e atmosférico.

Acompanhando a jornada de um (já há muito) sobrevivente do mundo chamado Joel e uma adolescente de 14 anos chamada Ellie através de um Estados Unidos desolado por uma pandemia que acabou com a sociedade como a conhecemos, The Last of Us a primeira instância aparentava ser apenas mais um flerte com o gênero pós-apocalíptico, já então super-usado.



Porém, bastavam os primeiros minutos do jogo para ficar evidentemente claro que The Last of Us não era “só mais um” uso do gênero.

Não só se destacando no campo narrativo que ambientava, The Last of Us veio também a se provar como uma obra singular na história dos videogames, algo marcante o suficiente para me estimular a escrever sobre dois anos depois de seu lançamento.

The Last of Us é aquele elo perdido nos videogames que finalmente conseguiu conciliar perfeitamente narrativa e jogo em uma só produção.

A MAIS PODEROSA DAS INTRODUÇÕES



Quando falo que bastam meros minutos para The Last of Us dizer a que veio, não sou hiperbólico.

Apresentando-nos a Sarah e seu pai Joel em sua primeira cena, devido a sagacidade e naturalidade do roteiro e das comoventes e carismáticas atuações e química entre os personagens, logo somos envolvidos naquela aprazível relação de pai e filha.

Não é preciso ser um gênio para adivinhar no que o final do prólogo vai consistir. Ainda assim, é justamente a execução fenomenal que leva a imersão e a simpatia do jogador instantaneamente florescerem por aqueles personagens.



É questão de tempo que até então, surpreendentemente somos colocados no controle de Sarah. E aí já começa a ficar evidente o quão ciente de suas direções os diretores Neil Druckmann e Bruce Straley estão.

Poderíamos muito bem começar o jogo no controle de Joel. Seria a opção mais óbvia. Ao invés disso, os diretores optam por nos colocar no papel da jovem Sarah. A partir daí, se mostrando como profundos entendedores do poder da interatividade da mídia com que trabalham, Druckmann e Straley logo de cara criam uma ligação do jogador com a garota, através daquela que é chamada de simpatia por perspectiva.

Ao controlarmos Sarah, imediatamente compartilhamos das emoções da garota, e vivenciar os fatídicos eventos que se seguem através dos olhos da menina se torna então algo muito mais impactante.Quando a situação explode e Joel aparece desesperado em meio a circunstância, antes que percebamos já estamos inesperadamente preocupados com o destino daquelas pessoas.



Conduzida de forma brilhante, a introdução de The Last of Us culmina então naquela que é uma das mais poderosas cenas da história dos videogames, capaz de levar até os mais fortes às lágrimas, quando Joel perde sua filha ao caos da situação depois de esta ter sido baleada.

VINTE ANOS DEPOIS



Vinte anos depois, reencontramos Joel em um mundo já há muito devastado pela pandemia de um vírus. Evidentemente frio na forma como reage às pessoas e os acontecimentos ao seu redor, começamos a acompanhar seu cotidiano como contrabandista de uma zona de quarentena de Boston ao lado de Tess, sua sócia (e talvez interesse amoroso em algum tempo?).

Joel e Tess logo se deparam com aquele que é provavelmente o serviço mais anormal que já tiveram: escoltar uma garota de 14 anos chamada Ellie para fora da ZQ de Boston (zona de quarentena).



A garota é teoricamente a chave para a criação de uma cura. Tendo sido infectada há semanas sem demonstrar o menor sinal da doença, Ellie deve ser entregue ao grupo conhecido como os Fireflys, que cuidarão da garota e investigarão a possibilidade de cura.

Quando Joel e Tess recebem o serviço obviamente há um ressentimento por parte dos dois, dado a natureza possivelmente desastrosa da tarefa. Porém é principalmente Joel que se mostra inconformado com o trabalho.

A ALMA DE THE LAST OF US


A relação desenvolvente entre Joel e Ellie é a alma central de The Last of Us.

Desde a concepção inicial do jogo, Neil Druckmann e Bruce Straley afirmavam que The Last of Us se resumia a relação de crescimento entre dois personagens ao longo de toda a história. E isso fica evidente deste o momento em que Joel e Ellie se conhecem.

Inicialmente completamente fechado à interação que não seja estritamente essencial com Ellie, Joel evita qualquer tipo de demonstração de sentimento à garota. Da mesma forma, Ellie se mostra restringida a demonstrar emoções a princípio, se limitando também a comentar o fundamental da situação.



À medida que acompanhamos a jornada dos dois, porém, vemos um crescimento sútil, mas que se evidencia progressivamente entre os personagens. Ellie começa a deixar sua personalidade brincalhona mais evidente, enquanto Joel responde de forma aparentemente antipática, mas obviamente apreciando a companhia da garota. Ambos crescem ao longo da jornada, levando o jogador a compartilhar do laço que ali se cria de forma surpreendentemente emocional.



O roteiro de Druckmann merece aplausos por desenvolver a relação da forma tão bela, tocante e delicada como desenvolve. Sem super-explicitar reações emocionais dos personagens, o roteiro e a direção de Druckmann desenvolvem estas de forma sútil, onde gestos muitas vezes falam mais que palavras, além de contar com diálogos que estão sempre ali com o objetivo de complementar a história, sem nunca soarem expositivos.

Da mesma forma, a trilha sonora de Gustavo Santaolalla (compositor já vencedor de dois Oscars pela Academia), merece o mais alto dos elogios, concebendo uma trilha melancólica à história que nunca diz ao jogador o que sentir, mas sim traz o ar e atmosfera de tragédia, melancolia e esperança que a narrativa compõe.

PERSONAGENS QUE GANHAM VIDA



Apesar de Neil Druckmann e Bruce Straley merecerem créditos a fio pela direção calculista e metódica com a qual coordenaram The Last of Us, infinitas salvas de aplausos não fazem jus às impecáveis e brilhantes atuações de Troy Baker (Joel) e Ashley Johnson (Ellie).

E aqui abro um parêntese para defender a ideia de que por que The Last of Us não deve de forma alguma ser jogado em algum áudio que não seja seu original – o inglês.

Hoje em dia, com a tecnologia de motion capture, as performances para os games não mais são restringidas ao simples voice-over (a dublagem por cima). Atores de verdade contracenam em estúdios direcionados para tal, sob a tutela de um diretor coordenando a direção e concepção de cada cena – assim como é no Cinema.

Dessa forma, ao jogar um jogo como The Last of Us dublado, você retira toda a maestria e cuidado que foi colocado na produção e nas performances do jogo. Ao contrário de quem “fez a voz” de Ellie e Joel por aqui, fechados em uma cabine à prova de som lendo falas traduzidas em um papel, Troy Baker e Ashley Johnson passaram TRÊS ANOS E MEIO estudando e moldando seus personagens no que vieram a ser Joel e Ellie. Ambos os personagens foram profundamente alterados desde suas ideias originais diretamente devido aos maneirismos de Baker e Johnson.



Da mesma forma, Troy e Ashley estavam constantemente sob a direção do próprio diretor do jogo, que ali coordenava de forma atenciosa e minimalista cada passo da história que ele mesmo concebeu.

Sendo assim, se você foi um daqueles que cometeu o tropeço de jogar The Last of Us “traduzido” por convênio, recomendo veemente que volte e experiencie o jogo da forma como foi originalmente concebido – em inglês – e assim enxergue a visão mais condizente com o trabalho original da Naughty Dog.


Troy Baker encarna Joel da forma mais perfeita possível, criando um personagem que por seus trejeitos apenas já consegue estabelecer complexidades de personalidade, retratando de forma absolutamente impecável a transformação pela qual o protagonista passa ao longo da história.

Enquanto isso, Ashley Johnson brilha desde os primeiros minutos como Ellie, estabelecendo uma personagem que é ao mesmo tempo divertida, carismática e imensamente complexa.







Ambos os atores constantemente fazem escolhas de personagem incrivelmente humanas para seus papéis, e presenciar cenas como a da cabana da fazenda onde Ellie e Joel discutem brevemente sobre suas respectivas visões sobre o outro é algo emocionalmente esgotante, dado o peso e força das atuações e da direção ali concebida.

OS PEQUENOS MOMENTOS



The Last of Us brilha no espectro geral no estabelecimento da trama como um todo. Mas muitas vezes, são mesmo os pequenos momentos durante o jogo que mais ficam marcados, e continuamente, contribuem para o desenvolvimento dos personagens.

Momentos como o qual Ellie reage ao descobrir que existiam “caminhõezinhos que saiam distribuindo sorvete às crianças na rua” ou aqueles no qual a menina decide contar uma leva de piadas do seu hilário livro de trocadilhos são alguns daqueles mais memoráveis.



MARCADOS PELAS PESSOAS



Mesmo fazendo um trabalho excepcional com seus personagens centrais, The Last of Us não deixa de dedicar notável atenção também àqueles personagens que cruzam o caminho de Joel e Ellie.

Desde Tess, à Bill até os irmãos Henry e Sam, todas aquelas pessoas que, em algum momento, cruzam suas histórias com nossos protagonistas, acabam por se demonstrarem personagens extremamente humanos e reais, e que no processo acabam por desenvolver também algum estágio da relação de Joel e Ellie.



Atenção especial para os irmãos, que cativam com carisma, sem por isso se demonstrarem menos cientes da situação de caos onde vivem. Assim, chegar àquela chocante (para dizer o mínimo) conclusão entre os dois, acaba gerando aquele que é um dos momentos mais angustiantes de todo o jogo.

A BELEZA DA TRAJETÓRIA


The Last of Us começa como uma história na qual um homem precisa proteger uma garota dos perigos do mundo no qual habitam enquanto atravessam os Estados Unidos.

The Last of Us termina com o homem mantendo sua existência unicamente devido à existência de tal garota.



Se quando conhecemos Joel encontramos um homem que chegou à conclusão que é impossível conciliar humanidade e afeto ao ato de sobreviver, terminamos sua jornada vendo um homem que então deve sua existência unicamente ao fato de poder demonstrar afeto à outra pessoa. Da mesma forma, Ellie passa de uma garota relativamente indefesa no início do jogo à protagonista mais forte e sensata ao final da história.



Esta inversão de papeis é cuidadosamente desenvolvida ao longo de todo o jogo, mas é no final do Outono na história, quando Joel chega perto da morte, que esta relação chega ao seu verdadeiro clímax, dando início àquela que é a mais bela, bem construída, forte e impecavelmente estabelecida seção de qualquer jogo que já joguei em minha vida:

O INVERNO



Nos colocando finalmente no controle de Ellie, o Inverno começa com a garota claramente conciliada com o fato de ter que se virar por si só para sobreviver.



A procura de remédios para Joel, que se encontra em estado lastimável, Ellie se depara com David (interpretado pelo sempre extraordinário Nolan North). Obviamente cuidadosa e receosa ao estabelecer contato com outros sobreviventes (como aprendera com Joel), Ellie toma de cara uma aproximação hostil ao homem. E quando este revela então que teve vários integrantes de seu grupo massacrados por “um homem e uma garotinha” na universidade (em uma das mais estupendamente bem concebidas cenas do jogo), Ellie reage bruscamente, fugindo do local e voltando para cuidar de Joel em um cabana ali por perto.


É chegando na cabana que The Last of Us então apresenta um daqueles momentos mais lindos do jogo, e que mais sintetiza a inversão de papeis entre Ellie e Joel, quando fica claro que Ellie não mais é a protegida, mas a protetora.



Depois de atacada pelo grupo de David, Ellie é capturada pelo homem (que mostra então ter um grupo que compartilha de métodos de sobrevivência particularmente grotescos, como o canibalismo). Após presenciar um pouco dos horrores do ambiente e conseguir escapar do local, a narrativa ali começa a saltar de forma e em um ritmo invejável à muitas histórias por ai, alternando então entre os pontos de vista de Ellie e Joel numa montagem fenomenal que melhor exemplifica o uso de múltiplos protagonistas em um jogo que já vi.

Quando chega a hora de Ellie ter que enfrentar David naquela que é uma das sequências mais tensas do jogo, a história chega a um ponto de absoluta catarse emocional.



E quando Ellie finalmente mata o homem naquele brutalmente forte ato...The Last of Us me faz cair nas lágrimas irremediavelmente quando Joel chega não para salvar a garota mas para abraçá-la em meio ao caos da violência ali presenciada.



Naquele instante que é provavelmente um dos meus momentos favoritos em qualquer jogo que já joguei até hoje, Ellie perde parte de sua humanidade, abraçando a natureza da violência que aquele mundo lhe obrigou a assumir, enquanto Joel, em um momento de catarse, finalmente abraça Ellie como sua filha protegida (“baby girl”). Ali entre um abraço dolorido, ambos personagens passam por profundas transformações que vinham sendo indicadas desde o início de suas jornadas.

UM VISLUMBRE DE ESPERANÇA



Contrastando de forma paradoxalmente oposta ao trágico capítulo do Inverno, a Primavera, último capítulo da história traz um dos momentos mais tocantes da história de Ellie e Joel, quando um vislumbre do fim de suas jornadas é visto na belíssima cena com as girafas.

Depois de toda a violência e angústia presenciada no capítulo anterior, é extremamente gratificante e comovente ver Ellie finalmente sorrindo, sendo assim impossível não se sentir feliz pela personagem.

THE LAST OF US É SOBRE JOEL E ELLIE



The Last of Us conta com aquele que é um dos mais controversos finais em um jogo nos últimos anos.

Quando é revelado que, para a extração de uma cura, Ellie perderá a vida, Joel simplesmente perde a lucidez, embarcando naquela que é uma verdadeira chacina no hospital ao final do jogo. Chegando à sala de operações não há escolha a ser feita. Não é lhe dado a opção de parar com tudo aquilo, deixar a operação seguir em frente e deixar Ellie ali.

O motivo?



The Last of Us é a história de Joel e Ellie. Uma história concebida e amarrada do início ao fim pela narrativa criada por Neil Druckmann.

Quando entramos naquela sala de operações não somos “o jogador”. Somos Joel. E a história até ali estabelecida levava o personagem à um estado mental que simplesmente não lhe permitia enxergar como opção deixar aquele hospital sem Ellie em seus braços.

Esta é a história de The Last of Us. A história de um homem, que depravado de sua humanidade há duas décadas, finalmente reencontra uma razão para viver em uma garotinha que claramente ocupa o lugar de sua filha perdida.



Não deveria existir uma escolha ali. Para Joel só existe uma. E isso é entristecidamente belo.

Da mesma forma, a mentira que Joel conta a Ellie no sublime final da história é a chance de sobrevivência deste dali para frente, e como a meu ver, Ellie claramente identifica esta, ali também compreende e concede a Joel “mais uma chance”, concluindo aquela jornada em uma nota encantadoramente triste e indiscutivelmente honesta aos personagens.




DO INÍCIO AO FIM



O que torna The Last of Us especial acima de tudo, é que esta linda história é contada da perspectiva de um jogo. Enquanto muitos jogos veem a interatividade como um empecilho para se contar uma história, The Last of Us abraça esta.

E é fascinante ver como Neil Druckmann e Bruce Straley coordenam a história do início ao fim em uma nota extremamente coesa.

Perceba a beleza em algumas das várias belas rimas visuais que o jogo apresenta do começo ao final da história.

Da mesma forma que o game abre em um plano focando o rosto de Sarah, este se encerra focando o rosto de Ellie.




E é também sintomático que comecemos o jogo no controle de Sarah para também terminarmos na perspectiva de Ellie.




E as lindas rimas visuais não acabam por ai. Repare que o ângulo no qual controlamos Joel no início do jogo enquanto este corre com sua filha aos braços é o mesmo ângulo pelo qual o controlamos quando, ao final, corre com Ellie pelos corredores do hospital, dando a beleza de uma natureza cíclica ao arco do personagem.




UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE



The Last of Us é o argumento final para a redundante discussão de “videogames serem Arte ou não”. Se arte é tudo aquilo que provoca emoção naquela pessoa que interage com esta, The Last of Us é a obra que faz este papel da forma mais extraordinária que já tive o prazer de experienciar no audiovisual.

Acompanhar a história de dois personagens ficcionais nunca foi tão pessoal quanto nesta obra-prima da Naughty Dog.

The Last of Us é o pináculo dos videogames até hoje.


E assim, dois anos depois, e o efeito ainda dura...


3 comentários:

  1. Concordo plenamente com o texto, este jogo é uma obra prima, melhor jogo que já joguei...e este jogo não só comprova que games são um tipo de arte, mas que tbm é pra todos os gêneros e idades, que não é só coisa pra criança ou coisa do tipo, como alguns devem pensar.

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  2. O artigo é totalmente realista em relação as emoções do jogo e ser sim uma obra de arte. E não deveria haver uma escolhe no fim mesmo. Por 20 anos Joel sofreu com a humanidade, a humanidade tirou sua filha e apenas matou, torturou e comeu os outros humanos. Joel não seria sensato se deixasse Ellie morrer. Ele viu uma luz no fim do túnel, reencontrou a humanidade que há muito havia perdido e a humanidade, no fim das contas, não merecia ser salva!

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  3. Gostei muito dessa reflexão/ análise do jogo, o autor está de parabéns consegue se expressar precisamente de forma simples.

    The Last of Us com certeza foi o game que mais me marcou até hoje, eu considero o melhor game que eu já joguei.

    Vou discordar apenas da parte em que o autor fala sobre a dublagem do game, por mais que os atores tenham feito um trabalho magnifico de construção de personagens e interpretação, também vale a pena conferir a dublagem em pt-br, é uma das melhores dublagens que já tivemos em games, a voz de Luiz Carlos Percy combinou perfeitamente com o Joel, a dublagem da Tess, do Bill e dos outros vários personagens marcantes encontrados durante a jogatina também está ótima. Não digo que a dublagem seja perfeita, mas com certeza ela não estraga, nem diminui a experiência de jogar essa obra de arte.

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