terça-feira, 29 de agosto de 2017

Sonic Mania e meu dilema com o ouriço azul

Por Netto

No último final de semana eu joguei a sensação do momento “Sonic Mania” em um (vejam que ironia do destino) Nintendo Switch. O jogo vem sendo recepcionado pela comunidade e pela critica omo um dos melhores jogo do Ouriço azul. Porém provavelmente foi uma experiencias mais frustrantes da minha vida.


Não que o jogo seja ruim, muito longe disso, o jogo é bonito, bastante otimizado, com batalhas de boss legais e uma série de referências aos fãs de longa data do jogo, apenas acontece que eu nunca joguei Sonic, não possuo nenhuma memória – afetivas ou não – com relação a ouriço azul e sua turma.
Certo, sendo bem sincero eu cheguei a jogar Sonc Boom – mas acredito que para todos isso não conte como ter jogado um Sonic – então se considerarmos os Sonics da era da era de ouro da guerra dos consoles entre Nintendo e Sega, bom nenhum. Eu era uma “criança Mario”.
Por motivos que fogem a minha compreensão, meu pai era fã da Nintendo, se você analisar isso no contexto dos anos 80/90 – e das famílias da época –  meu pai era muito ligado a tecnologia. Ele sempre esteve acompanhando o que ocorria no mercado e sempre que era possível era um dos primeiros a comprar um novo aparelho eletrônico.
E talvez por isso eu sempre tenha sido uma criança Mario, meu pai olhava com certa desconfiança para a Sega, provavelmente devido aos consoles dela possuírem uma versão Brasileira, enquanto que a Nintendo tinha uma aura mais tecnológica, como sendo algo “importado”. E meus amigos também possuíam seus Super nintendo e jogos do Mario, e nunca Megadrive, sega e ouriço azul.
E como alguém que chegou completamente “virgem” ao Sonic Mania, meu namorado teve que literalmente me ensinar as coisas mais básicas, como as habilidades de cada personagem, como funcionava a fase e qual era o sentido da fase, uma vez que o sentido sempre se inverte e parece que você está voltando na tela para subir e depois continuar seu caminho. Para mim foi bem pouco intuitivo ter trechos que deveria apenas seguir para frente mas não conseguir pois deveria carregar a corrida do Sonic para conseguir transpor o obstaculo, na verdade o level design de Sonic é bem mais complexo do que um fase convencional de Mario – que se baseia em “se eu vejo eu alcanço”.
Essa experiencia me rende uma oportunidade de pensar em como não ter experimentado isto na minha infância acabou definindo muito do estilo de jogabilidade que u costumo consumir. Cada vez que no Sonic Mania eu passava por algum treco que não conseguia compreender, ou que eu me incomodava com a extrema velocidade – fluida é verdade – das fases eu pensava o quanto não ter um conhecimento prévia daquilo moldou meus hábitos de consumo.
Ter sido uma “criança Mario” não é algo ruim de modo algum, assim como ter sido uma “criança Sonic” não deve ter sido, e fico pensando o que teria sido dos meus anos como jogador se por muito tempo a franquia do Mario não tivesse recebido bons jogos, como ocorreu com Sonic.
Provavelmente essa seja uma das grandes vitorias de Sonic Mania, ele é uma visão de fãs sobre como os jogos deveriam ter sido, sobre como essa comunidade ainda é pulsante, enérgica e vivaz. E mesmo não fazendo parte dessa comunidade é interessante perceber que Sonic é um fenômeno não apenas nos vídeo games mas na cultura pop de modo geral, por conseguir manter seu estilo e seu espírito vivos por tanto tempo – mesmo que continue não sendo um jogo para mim.
Sonic Mania  foi lançado em 16 de Agosto para PS4, Xbox One e Nintendo Switch, e dia 29 de Agosto para PC. E atualmente é o melhor modo de reviver (ou no meu caso, conhecer) o Ouriço azul.

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